Morreu maria de manhã
Não sei que roupa devo usar
Preciso colocar um cravo na lapela
Eu vou à rua e o sol também pensa nela
Pobre maria, era tão bela
Morreu porque era perfeita
Ali, um jardim de cravos
Também um rosto amargo
Alguém à espreita
Pulei a cerca, confiante
Andei na sombra do instante
Não vi o rosto que de cima espreitava
Levei o tiro no momento em que lembrava
Pobre maria, era tão bela
Morreu porque era perfeita
Não dei o feito; era feito
A mancha de sangue no peito
Um cravo vermelho